Então você mora em uma cidade grande, provavelmente uma das principais capitais do país e acha que a realidade de ter a internet aonde for é algo trivial e que a inclusão digital está acontecendo diante dos seus olhos. Prepare-se para o choque de realidade: não é bem assim. E não vou entrar no mérito de cidade de interior com pouquíssimos habitantes.
Estive nesse último fim de semana prolongado (graças ao feriado do Corpus Christi) na cidade de Caldas Novas, lugar predileto dos brasilienses que querem dar uma escapada para um local perto e barato. Nesses feriados prolongados a cidade é infestada de brasilienses, goianos e mineiros (principalmente de Belo Horizonte e Uberlândia). A cidade possui um leve clima de cidade de interior mas seus grandes prédios, seus enormes complexos hoteleiros e o chamariz das águas termais fazem com que a cidade se torne uma cidade com clima de litoral, com direito a comércio de arte local e tudo mais.
Esse tipo de cidade é em resumo uma cidade onde o foco principal é atrair turistas. Nós viciados em tecnologia pegamos nossos iPhones (ou qualquer similar, se é que existe) e vamos tentar localizar o hotel no mapa ao chegar na cidade ou procurar um local de uma festa que esteja acontecendo. Se estamos na rua, vamos tentar o acesso ao 3G. Mas espere aí! Você está fora da cidade, isso significa que fará o download de dados em Roaming, fora da sua região de origem (o que não costuma ser nada barato). As operadoras brasileiras não estão preparadas para fornecer um serviço de internet sempre disponível a preço acessível. Se você possui celular com 3G, sabe bem de que rombo financeiro estou falando.
Chegando ao hotel usando as vias normais (“quem tem boca vai a Roma”, diz o velho ditado), nos deparamos com uma das edificações mais bem vistas da cidade. Ao entrar no saguão do hotel, nos vimos um ambiente bem organizado com direito talvez a 3 ou 4 estrelas. Perfeito! Saque seu iPhone do bolso e verifique a conexão Wi-fi para saber aonde ficam exatamente os locais aonde as festas estão acontecendo, afinal não estamos ali para dormir, não é mesmo?
Adivinha só: o hotel “chique” tinha o Wi-fi? Sim, é claro!
- “Finalmente a inclusão digital chegou no país” é o primeiro pensamento.
- “Mas e a senha para acesso?” esse é o segundo pensamento.
- “Ora, é só pedir na recepção”. Não poderia ser mais óbvio do que isso?
Ao perguntar para a recepcionista do acesso, levamos o único balde de água fria da cidade com águas termais: “o Wi-fi não está disponível para o hóspedes, é só para teste”.
Como assim? Quer dizer que temos um access point disponível, computadores ligado em rede e é tudo só para acesso de computadores locais? Nenhum dos 6 prédios de 12 andares cada do hotel teriam direito a usá-lo? Não, não teriam de fato. “Coisas de cidades menores”, pensamos.
Usando outra técnica antiga (a de andar no centro da cidade atrás de eventos, sem a ajuda do Google), entre uma loja de bóias e outra de moda praia, avistamos um pequeno comércio de vidro fumê temperado e estrutura duvidosa com uma mensagem estampada para todos verem: “HOTEL – Temos acesso Wi-fi para todos os hóspedes”.
Dá para acreditar que ainda temos locais que não investem nem o valor irrisório (se contabilizarmos os lucros) de 200 reais em um access point e uma internet ADSL mediana no meio de uma cidade turística? Sim, dá.
Eu tmb acho !!!
É duro de acreditar mas é a realidade. Não contratei plano de dados por acreditar que a realidade é outra em tempos como o de hoje. Principalmente porque aqui em Brasilia, qualquer “beco” rsrs possui acesso a alguma rede sem fio. Mas em Caldas Novas me senti ilhado. kkkkkkk mesmo assim ainda defendo que não vale a pena pagar por um plano de dados com tantas redes sem fio disponíveis.
To sem sono. =/
Realmente, para nós de metropolitanos, é difícil de acreditar que isso aconteça. E podemos citar diversos outros exemplos, de cidades onde a dificuldade de acesso é enorme à hotéis que não possuem acesso wi-fi para os hóspedes, aos que tem mais estão em ‘teste’, aos que possuem rede wi-fi e cobram R$ 2,00 por cada 15 minutos de acesso e/ou R$ 20,00 por dia.
O pior de tudo isso, é quando você chega ao único hotel da cidade (já é certo que ele não vai ter acesso wi-fi) conecta seu 3G e sem sinal, vai até a recepção ainda na esperança de ter uma pelo menos uma ‘lan’ para os hóspedes e a recepção te fala que não tem ADSL na cidade. Decepcionado, tu pega algumas revistas e vai ler assistindo novela. rsrs
Brasil Brasil, “um país para todos”.
realidade cruel!!!!
Não agüentei e contratei um pacote de dados.
Tem sido uma mão na roda.
Defendia a não contratação de um plano de dados mas tenho percebido as vantagens de se ter um, faz com que eu não me sinta ilhado em certas situações, tem sido como uma carta na manga.
Estou avaliando ainda!!!
oi vc saber mitas coisa disso
3gravitation…
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